Quinta, 21 de Agosto de 2025

Jacutingas Retornam à Natureza em SP: Um Passo Crucial Contra a Extinção

Dez aves da espécie ameaçada são reintroduzidas em São Francisco Xavier, reforçando a esperança para a Mata Atlântica.

20/08/2025 às 22:02
Por: Redação

Dez jacutingas foram devolvidas à natureza nesta quarta-feira (20) em São Francisco Xavier, no interior de São Paulo. A espécie, classificada como “em perigo” pela Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), enfrenta o risco de extinção. A ave, típica da Mata Atlântica, desapareceu de grande parte de seu habitat natural devido à caça predatória e ao desmatamento.

A ação integra o projeto Jacutinga, da ONG Save Brasil, que já soltou mais de 60 aves na região da Serra da Mantiqueira.

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O desaparecimento da espécie na região sinaliza um cenário preocupante para a Mata Atlântica. A jacutinga desempenha um papel crucial na regeneração do bioma e das fontes de água doce, alimentando-se de diversos frutos nativos.

"Reintroduzir jacutingas é restaurar processos ecológicos que mantêm a floresta viva. Cada ave solta é um passo para reequilibrar a biodiversidade e o status de ameaça de uma espécie essencial para o futuro da Mata Atlântica", afirma o diretor-executivo da Save Brasil, Pedro Develey.

Reabilitação

Antes da soltura, as aves passaram por reabilitação no Parque das Aves da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), no Rio de Janeiro. O processo foi gradual, utilizando a técnica de soft release para facilitar a adaptação ao ambiente natural.

Durante a reabilitação, as jacutingas participaram de treinamentos específicos para identificar predadores, se alimentar de frutos nativos e se movimentar com autonomia.

Na natureza, as aves são monitoradas por meio de transmissores VHF e com a colaboração de moradores locais. Segundo o diretor, os resultados do projeto são promissores.

"O monitoramento mostra que estamos no caminho certo. As aves se adaptam, se deslocam por áreas maiores e interagem com outras jacutingas já soltas. Mais do que soltar, estamos reconstruindo uma população funcional na floresta", completa.

*Estagiário sob supervisão de Eduardo Luiz Correia

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