Sábado, 23 de Agosto de 2025

Dólar em Queda: R$ 5,42 Após Sinalização do Fed Sobre Juros

Declarações de Jerome Powell animam mercado financeiro, impulsionando Ibovespa e aliviando a pressão sobre o real.

22/08/2025 às 23:08
Por: Redação

A perspectiva de uma queda de juros nos Estados Unidos em setembro impulsionou o mercado financeiro nesta sexta-feira (22). O dólar recuou quase 1%, fechando próximo a R$ 5,40, enquanto a bolsa de valores saltou mais de 2,5%, atingindo o maior nível em 45 dias.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,426, com uma queda de R$ 0,052 (-0,95%).

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A cotação abriu próxima da estabilidade, mas passou a cair fortemente após o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Jerome Powell. Na mínima do dia, por volta das 12h30, chegou a R$ 5,41.

Apesar da queda desta sexta, a moeda subiu 0,52% na semana. A divisa acumula perda de 3,12% em agosto e de 12,21% em 2025.

O mercado de ações teve um dia de fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechou aos 137.968 pontos, com alta de 2,57%.

Tarifaço

O indicador está no maior nível desde 8 de julho, dias antes de o presidente Donald Trump anunciar o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos. A bolsa subiu 1,19% na semana e 3,68% em agosto.

O dólar caiu em todo o planeta após Powell indicar, num simpósio anual de presidentes de Bancos Centrais de todo o planeta, que o Fed deverá cortar os juros da maior economia do planeta no próximo mês.

O presidente do Fed declarou que o principal risco para a economia estadunidense está na desaceleração do mercado de trabalho, não na inflação, aumentando as expectativas de redução de juros em setembro.

Taxas mais baixas em economias avançadas estimulam a migração de capitais financeiros para países emergentes, como o Brasil. Isso reduz a pressão tanto sobre o dólar como sobre as ações.

Os papéis de instituições financeiras tinham iniciado a semana sob a tensão dos efeitos do cumprimento das sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por bancos brasileiros.

* Com informações da agência Reuters